sexta-feira, setembro 08, 2006

Os 10 candidatos mais bizarros do Brasil



Num país que teve 22 candidatos à Presidência numa só eleição, em 1989, vale tudo pra chamar a atenção do eleitor. Com bordões ruins de doer e propostas inacreditáveis, alguns até conseguiram ser eleitos. O horário eleitoral é gratuito, mas alguns deveriam pagar pra aparecer!

Por RAQUEL COZER E GUILHERME CASTELLAR

10. CADÊ MEUS VOTOS?
[A] 1996, em São Paulo [P] PRTB
A idéia fixa de Levy Fidelix era construir o aerotrem, mas não era só isso: queria privatizar presídios e criar avenidas sobre os rios Tietê e Pinheiros. Perdeu uma eleição para prefeito, duas para governador e uma para vereador. Ele rasgava pesquisas no horário eleitoral e chegou a pendurar uma faixa na cidade com a frase: "Cadê meus votos?"
[!] Em 2000, Levy abriu mão de concorrer à prefeitura de São Paulo: o candidato de seu partido foi o ex-presidente Fernando Collor. A candidatura foi impugnada.

9. NINGUÉM MERECE
[A] 2002, em Pernambuco [P] PST
Ninguém recebeu mais de 5 mil votos para deputado federal em Pernambuco. "Ninguém", no caso, era o pseudônimo de José Everaldo dos Santos, cuja campanha incluía imagens de um paletó vazio junto à frase "Ninguém merece o seu voto". Ninguém queria acabar com o voto obrigatório, assim muita gente poderia não votar em ninguém.
[!] Quando a Justiça Eleitoral quis impugnar
sua candidatura, ele argumentou: "Se Rôla (veja abaixo) pode, por que Ninguém não pode?"

8. À MEIA-NOITE, LEVAREI O SEU VOTO
[A] 2004, em São Paulo (SP) [P] PTC
O candidato ideal pra quem acha política trash! Zé do Caixão, o personagem do cineasta José Mojica Marins, pedia votos para se eleger vereador ao seu estilo: de capa, cartola e com aquelas unhonas! Quando abriram as urnas, encaixotaram o Zé! Só 6 500 eleitores (0,10%) tiveram coragem de votar nele.
[!] Zé do Caixão jura que muitos de seus votos para deputado estadual, em 1982, foram anulados por mesários que não acreditavam no que viam.[vídeo]

7. É COISA DE MALUCO
[A]2000, em Aparecida (SP) [P] PFL
"Você que não é, vote em mim: Zé Louquinho!" Esse era o slogan de José Luiz Rodrigues, que foi eleito prefeito e cumpriu a promessa de iniciar seu governo num circo. E fez jus à fama de biruta ao propor a proibição do uso de minissaia na Quaresma, a contratação de cães para tomar conta do cemitério e a criação da "taxa da romaria".
[!]Reeleito em 2004, Zé Louquinho baixou um decreto obrigando os padres a andar
de batina nas ruas.

6. RÔLA NELES
[A] 2002, em Sergipe [P] PGT
"Vamos levar Rôla para Brasília" e "Rôla neles" eram lemas de José Ribeiro, o Rôla, em sua candidatura a deputado federal. A Justiça Eleitoral tentou impugná-lo, mas ele justificou ter o apelido havia mais de 40 anos, desde que criara uma cachaça com o nome. Mas, na hora H, Rôla falhou...teve só 20 812 votos (2,4% do total).
[!] Em Aracaju, a candidata a vereadora Maria Rosilene teve uma idéia parecida à de Rôla: "É dedo na Shana para confirmar". Teve meros 586 votos.

5. TROFÉU CARA-DE-PAU
[A] 2000, em São Paulo (SP) [P] PAN
Óleo de peroba na mão, Osmar Lins aproveitava seus segundos na TV pra mandar o bordão "É a cara-de-pau, peroba neles!". Foi candidato a partir de 1996, numa trajetória ascendente de derrotas. Levou tábua para vereador, deputado estadual, prefeito (teve 0,09% dos votos válidos em 2000 e 0,3% em 2004) e governador (ficou com 0,02%).
[!] Lins defendia o trabalho infantil e a criação "Velho Desesperança", versão para idosos do Criança Esperança.

4. CUIDADO, ELE VAI FALAR
[A] 1989, à presidência [P] PSP
José Alcides Marronzinho de Oliveira aparecia amordaçado, e um locutor avisava: "Cuidado, ele vai falar!" E quando falou...disse que iria "obrigar" a Petrobrás a usar seu equipamento para procurar água no Nordeste. Nem seu lema "Pobre vota em pobre" ajudou: ficou em 13º lugar na eleição.
[!] Marronzinho virou evangélico e mudou seu nome para Jamo Little Brown. Edita um jornal online e foi preso por "dizer algumas verdades" ao prefeito de Cotia (SP).
[vídeo]

3. SILVIO SANTOS VEM AÍ
[A] 1989, à presidência [P] PMB
Ha-haii! Hi-hiii! Silvio Santos entrou na disputa com um programa de governo que parecia a Porta da Esperança: prometia melhorar a alimentação, a saúde e a educação do povo, aumentar o salário mínimo e atacar a inflação. Aos "colegas de trabalho", dizia: "Você sabe o que é reforma social? Eu também não sabia, mas é o que vou fazer".
[!] Silvio entrou no lugar de Armando Correa quando as cédulas já estavam impressas. Logo apareceu em segundo no Ibope, mas sua candidatura foi impugnada.
[vídeo]

2. MEU NOME É ENÉAS!
[A] 1989, à presidência [P] PRONA
O cardiologista Enéas Carneiro foi o candidato de um partido nanico que melhor aproveitou os poucos segundos diários na TV, com seu famoso "Meu nome é Enéas!" Suas propostas ficariam mais conhecidas em 1998, em sua terceira candidatura. Incluíam triplicar o efetivo das Forças Armadas e construir a bomba atômica brasileira.
[!] Em 1994, com 4 milhões de votos, Enéas só perdeu para Fernando Henrique Cardoso e Lula. Em 2002, foi o deputado federal mais votado da história.
[vídeo]

1. RESOLVENDO NO TAPA
[A] 2004, em Natal (RN) [P] PTC
O candidato a prefeito Miguel Joaquim da Silva, o Mossoró, tinha propostas "essenciais" pro povão, como colocar massagistas em postos médicos, construir uma ponte de Natal a Fernando de Noronha (com o comprimento de 27 pontes Rio-Niterói) e erguer réplicas das Torres Gêmeas. Sem falar na solução para o turismo sexual: sair no tapa (ou leave in the slap, como falava no horário político) com o gringo que assediasse as garotas.
[!] A um mês da eleição, Mossoró pulou de 1% nas pesquisas para 18%, e acabou em terceiro lugar, à frente de candidatos tradicionais da região.
[vídeo]

Publicado na Edição 55 - 08/2006 da Revista MUNDO ESTRANHO --> http://mundoestranho.abril.uol.com.br

O custo da primeira-dama Ítalo-Brasileira!

Pela lei, Marisa Leticia não pode ter despesas pessoais custeadas pela União: não é funcionária pública, não tem direito a diárias de viagens,portanto, roupas e cabeleireiro devem ser despesas pagas pelo marido, já que a primeira-dama não tem ocupação.

No entanto, de janeiro a agosto, a funcionária Maria Emilia Évora usou, via cartão, R$ 441 mil (R$ 198 mil em dinheiro sacado) para despesas da primeira-dama.

Equivale a uma média mensal de R$ 55 mil, ou ainda, perto de R$ 1.800 por dia, ou seja, alimentação de 8.820 famílias pelos critérios do Fome Zero.

Fonte não identificada.

Futuro

Hilário e, espero eu, apenas ficcional

Consumidor

O ponto mais interessante desta mensagem que recebi por e-mail é que a indignação supostamente parte de um membro do próprio governo que não está muito satisfeito com o eterno quadro de bandalheira e impunidade.

Será que com esse reforço algo acontece?

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, chamou a renúncia de congressistas suspeitos de envolvimento com irregularidades como as investigadas pela Operação Sanguessuga de "um drible". "Qual é o objetivo? Eles estão simplesmente desistindo da vida pública? Vamos ver o passo seguinte. Eles serão candidatos. Eles estão simplesmente renunciando para evitar uma possível cassação que deságüe em inelegibilidade. Não há dúvida de que é um drible", afirmou o presidente do TSE. Ele também reafirmou que seria bom se o Código de Defesa do
Consumidor pudesse ser usado contra candidatos que fazem "propaganda enganosa".

Marco Aurélio disse que cabe aos eleitores a tarefa de barrar os políticos envolvidos com irregularidades. Segundo o presidente do TSE, os eleitores precisam analisar o perfil dos candidatos, suas ações e eventuais acusações, independentemente de existir uma condenação judicial. Na Justiça, os políticos suspeitos de corrupção somente podem ser excluídos da disputa em caso de uma decisão definitiva. "O eleitor está com a palavra. Não é vítima. É autor. É ele quem coloca o político no cargo", afirmou.

Marco Aurélio bateu na tecla da propaganda enganosa. "Gostaria de aplicar o Código de Defesa do Consumidor contra a propaganda enganosa. Isso (propaganda enganosa) sempre ocorrerá, mas nós não somos ingênuos. Não subestimem o povo brasileiro", afirmou. Em maio, ele já havia dado uma declaração semelhante. "Como seria bom se pudéssemos aplicar às eleições o código do consumidor", disse na ocasião.

Hoje o presidente do TSE esclareceu que, ao dar declarações sobre propaganda enganosa, estava falando em tese e não sobre o programa eleitoral de um candidato específico. Ele disse que não tem assistido a todos os programas do horário eleitoral gratuito. "É hora de o eleitor não acreditar em promessas vãs", afirmou.

Ainda nesta quinta, o procurador Geral da República, Antonio Fernando de Souza, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um pedido para que sejam abertos mais 27 inquéritos para investigar deputados suspeitos de envolvimento com a Máfia das Ambulâncias. O procurador não quis revelar os nomes dos parlamentares a serem investigados. Já tramitam no STF 57 inquéritos para investigar 57 parlamentares.

Cadastro

O link está aqui ao lado, mas vale a pena reforçar que o site Transparência Brasil traz uma série de informações relevantes sobre inúmeros candidatos nesta próxima eleição.

O mais interessante é que essas informações incluem os escândalos ligados a cada candidato e as supostas falcatruas em que eles estariam envolvidos.

No mínimo, educativo.

Fonte: IDG Now!

quarta-feira, setembro 06, 2006

Flores

Texto extraído do site do deputado Fernando Gabeira do PV e publicado na Folha de São Paulo no ano passado.
Gostaria que a realidade que inspirou o texto tivesse mudado, mas parece que não é bem o caso.

Flores, flores para los muertos
18/6/2005
Folha de S. Paulo


Sempre que os fatos ganham velocidade, costumo comprar um bloco de notas. Anoto frases, idéias, intuições e deixo que se decantem com o tempo. Volto a elas, depois, para rejeitá-las ou desenvolvê-las. A primeira frase que me veio à cabeça foi a da vendedora de flores que encerra um filme.

O pequeno bloco também tem idéias. Por exemplo: comparar a ditadura com o governo Lula. Uma neutralizou o Congresso pelo medo; o outro, pelo pagamento de mesada. Ditadura e governo Lula compartilham o mesmo desprezo pela democracia, ambos violentaram a democracia reduzindo o Parlamento a uma ruína moral.

Os militares prepararam sua saída de forma organizada. Nem muito devagar para não parecer provocação nem muito rápido para não parecer que estavam com medo. Já o núcleo duro do governo Lula parece perdido, batendo cabeça, ou melhor, enfiando-a na areia, sem perceber que a polícia está chegando e, daqui a pouco, alguém vai gritar na porta do Planalto: "Se entrega, Corisco".

Quando era menino e vivia em Juiz de Fora, fazíamos rodas de capoeira, bastante rudimentares, confesso. Mas cantávamos: "A polícia vem, que vem brava/quem não tem canoa, cai n'água".

Tudo isso jorra aos borbotões na minha caderneta. Anotei: chamar alguém do "Guinness", o livro dos recordes, para saber se algum tesoureiro de qualquer partido do mundo se desloca com batedores de motocicleta e carros clones para iludir perseguidores; se algum tesoureiro partidário se desloca com jatos particulares, semanalmente; se introduz no palácio associação de empreiteiros que receberam R$ 1,1 bilhão de dívidas.

Os militares batiam, davam choques e insultavam na sessão de tortura, mas vi muitos dizendo que me respeitavam porque deixei um bom emprego para combatê-los com risco de vida. Eles viam ideais no meu corpo arrasado pelo tiro e pela cadeia.

O PT queria que eu abrisse mão exatamente da minha alma, e me tornasse um deputado obediente, votando tudo o que o Professor Luizinho nos mandava votar. Os militares jamais pediriam isso. Desde o princípio, disseram que eu era irrecuperável e limitaram-se à tortura de rotina.

Jamais imaginei que seria grato aos torturadores por não me pedirem a alma. Não sabia que dias tão cinzentos ainda viriam pela frente. Que seria liderado por um homem que achava que Maurício de Nassau era um deputado de Pernambuco. Logo eu, que sou admirador de um deputado pernambucano chamado Joaquim Nabuco.

Foram os anos mais duros de minha vida. No meu caderno anoto frases e indicações da semelhanças da luta contra a ditadura e da luta contra este governo, desde que comecei a criticá-lo, com a importação de pneus usados. As pessoas têm suas carreiras, seus empregos, sua racionalizações. É preciso respeitá-las, atravessar o deserto sem ressentimentos.

Agora, sobretudo, é preciso respeitar o sofrimento dos vencidos. Outro dia, quando me referi a um núcleo na Casa Civil como um bando de ladrões que atentava contra a democracia, uma jovem deputada do PT estremeceu. Senti que não estava ainda preparada para essas palavras cruas. E fui percebendo pelas anotações que talvez esteja aí, para o escritor, o mais rico manancial de toda essa crise. Como estão as pessoas do PT? Como se ajustam a essa nova realidade, que destino tomaram na vida?

Procuro não confundir, entre os que ainda defendem o governo, aqueles que são cínicos cúmplices e os outros que apenas obedeceram a ordens sob a forma da aplicação do centralismo democrático. Alguns defendem porque ainda não conseguiram negociar com sua própria dor. Não podem suportá-la de frente. Mas terão de fazer algum dia, porque, por mais ingênuos que sejam, já perceberam que a mãe está no telhado.

Vamos ter de encarar juntos essa realidade. A grande experiência eleitoral da esquerda latino-americana, admirada por uma Europa desiludida com Cuba e Nicarágua, a grande novidade que verteu tintas, atraiu sábios, produziu livros e seminários, vai acabar na delegacia como um triste fato policial de roubo do dinheiro público e suborno de parlamentares.

Só os que se arriscarem a ir até o fundo dessa abjeção, compreendê-la em todos os seus detalhes mórbidos, têm chances de submergir para continuar o processo histórico. Por incrível que pareça, o Brasil continua, e a vontade de mudar é mais urgente do que em 2002. Por isso proponho agora um curto e eficaz trabalho de luto.

Anotação final: começa o espetáculo da CPI, secretárias e suas agendas, ex-mulheres e suas mágoas, arapongas, tesoureiros e seus charutos, vossa excelência para cá, vossa excelência para lá, sigilos bancários, telefônicos, emocionais. Viu, Duda, que cenas finais melancólicas quando um mercador tenta aplicar à complexidade da política a singeleza do vendedor de sabonetes?

segunda-feira, setembro 04, 2006

Opiniões

Esta imagem que recebi por e-mail me parece perfeita para ilustrar a consciência política de alguns eleitores brasileiros.
E olha que a pessoa que tem esse tipo de opinião nem tem a desculpa de receber um saco de farinha em troca de um voto.
Essas pessoas fazem isso de caso pensado.



Não gosto desse tipo de afirmação, mas fica difícil rebater afirmações do tipo "cada país tem o eleitor que merece".

domingo, setembro 03, 2006

Bobão

Recebi este texto por e-mail e o achei muito apropriado para os nossos tempos.
Não posso atestar a veracidade do relato, mas mesmo como obra de ficção (e difamação), me parece um exercício de reflexão bastante interessante: o voto em plenário deve ou não deve ser secreto?
É mais uma ação da campanha de higienização do Brasil.

"FATO QUE EU PRESENCIEI NO DIA 30/04/2006

Estava almoçando com meu pai, por volta das 14:00 hs no restaurante Famiglia Mancini, aqui em São Paulo, quando constatei a presença, em uma mesa próxima, do parlamentar do PT Professor Luizinho - aquele que "só pegou vinte mil do valerioduto" e por isso foi absolvido.

Estava o dito sujeito acompanhado de mais dois homens e três mulheres, bem mais jovens que eles, todos almoçando regados a vinho de muitíssimo boa qualidade, em meio a piadinhas e comentários impróprios entre os homens e as mulheres da mesa.

Próximo à mesa deles estava um senhor com sua família, de umas 6 ou 7 pessoas. Este senhor estava comemorando o seu aniversário junto ao que - acredito eu - eram seus filhos e respectivas companheiras. Foi pedido ao pianista que anima o local que tocasse "Parabéns a Você" e, tão logo o pedido foi atendido, o parlamentar começou a reclamar visto que encontrava-se ao celular e aparentemente não conseguia ouvir o que seu interlocutor falava.

Muito embora a comemoração tenha ido até o fim, percebi que as pessoas na mesa do aniversariante ficaram um pouco incomodadas com os reclamos, de forma que, após pagarem a conta e se retirarem, um dos rapazes falou bem alto "esse é o tipo de gente que governa o nosso país". Só isso. Virou-se e saiu com os demais.

Meu pai e eu já havíamos pago a conta também, e acabamos por sair juntos. O que presenciamos na porta do restaurante só pode ser adjetivado de "grotesco". O tal Professor Luizinho, junto com seus outros dois acompanhantes - numa lição de democracia petista - saíram atrás do sujeito que havia ousado lhes repudiar a atitude deselegante, e passaram a proferir ofensas de baixo calão na porta do restaurante, na presença de mulheres e crianças.

Como o sujeito já se encontrava dentro de seu carro - uma Ford Ecosport preta - ele baixou um pouco o vidro e, respondendo às provocações do parlamentar e seus acompanhantes, que lhe incitavam a sair do carro para resolver a pendenga no braço, falou "ao invés de eu sair, entrem aqui vocês e a gente vai à imprensa relatar isso tudo".

Ao ouvir isso, um dos asseclas do tal parlamentar passou a desferir chutes violentos na porta do veículo do cidadão e mandá-lo descer - tudo com o incentivo e participação do professor Luizinho. Só pararam diante dos apelos de uma senhora que ali estava também e pediu para que parassem com aquela confusão.

O "grand finalle" veio com a frase proferida pelo Professor Luizinho enquanto o veículo se afastava: "Seu bobão. A minha conta quem pagou foi você. Seu bobão". Confesso que só não achei que estava ouvindo demais porque estava a menos de um metro do sujeito.

Esse ato de prepotência e violência descabida precisa ser informado à sociedade. Esse tipo de indivíduo pode ter sido absolvido por seus pares - talvez porque tenham o rabo preso, ou talvez por simples despreparo político - mas esse tipo de atitude tem que ser divulgada de forma ampla para que o povo possa ter o poder de bani-lo para sempre da vida pública do país. Estou enojado e confesso que quase parti também para as vias de fato com esse indivíduo pois, ao chamar de "bobão" um cidadão que só fez a "bobagem" de expressar a sua opinião, chamou a mim também pela mesma alcunha, já que eu também pago impostos e fui responsável também - segundo o raciocínio do "professor Luizinho" - pelo pagamento de sua conta no restaurante.

Meu Deus. Só fico pensando se ninguém nesse país vai tomar uma atitude para tirar essa quadrilha do poder.

Catherine
(nome preservado pelo risco de perseguição à família, que costuma frequentar o restaurante)"

sábado, setembro 02, 2006

Sabedoria popular

Recebi esta frase por e-mail. Acho que ela fala por si.

"Os políticos, assim como as fraldas, devem ser trocados constantemente.
E pelo mesmo motivo!"

sexta-feira, setembro 01, 2006

O país como corporação

Este texto foi publicado originalmente n´A Firma, mas decidi deixar aquele espaço para falar somente de assuntos corporativos.

Sejam bem vindos a este novo espaço, onde pretendo publicar coisas interessantes a respeito de política, eleições, impunidade e transparência.

Espero que a coisa toda funcione e que as informações façam diferença para alguém.

A esperança é a última que morre.


Ok, eu me rendo. Confesso que a Firma está começando a sair do meu controle.
Não é mais possível manter este blog apenas como um relato das incongruências que vivo no meu trabalho ou como minhas opiniões sobre como as coisas deveriam ser dentro do mundo corporativo.
Não dá mais para deixar de pensar que tudo isto é grande demais para mim e tenho que deixar as coisas fluirem normalmente.

Digo isso por que não consigo mais deixar de incluir política aqui neste espaço.
Política aplicada, diriam alguns, mas ainda assim é política.

Tudo começou quando li a Época da semana passada (aquela edição sobre blogs) e notei uma certa semelhança entre o período eleitoral e a vida corporativa.
Antes que ofendam a honra da minha família, é bom dizer que não acho que uma empresa e um país funcionem da mesma maneira, mas sim que existem certas características que tornam muito parecido viver em um ou na outra.
Ou alguém ainda acha que os arigós não têm nenhuma responsabilidade quando elegem seus representantes ou escolhem seus empregos?
Assim como na Firma, no país também é preciso cuidar de quem vai cuidar de nós e exigir o cumprimento de determinados compromissos assumidos antes da posse.
Novamente vejo milhares de diferenças no comportamento de um e de outra, mas já comecei a traçar o paralelo e agora é tarde demais para desistir.
Queiram eles ou não, temos nossa responsabilidade e, no caso das eleições, temos também o poder, basta saber utilizá-lo.

Voltando à Época, gostei muito da coluna do Ricardo Neves que tratou de uma pequena consulta feita junto aos nossos representantes no Congresso Nacional.
Utilizando os dados disponíveis nos sites do Senado e da Câmara, o Ricardo encaminhou um e-mail pessoal a cada um deles questionando a opinião do parlamentar sobre o voto secreto durante as sessões plenárias.
Aqui são necessários dois esclarecimentos:
1 - são 513 deputados e 83 senadores, o que mostra que o Ricardo dedicou mesmo seu tempo a nos mostrar alguma coisa;
2 - o voto secreto no plenário é o responsável por não sabermos quem absolveu os colegas cuja cassação foi solicitada em CPIs como a do Mensalão; ao não saber quem vota em quem, não temos como saber se eles advogam em causa própria e quem diz uma coisa em público (provavelmente para parecer moralista e angariar votos) e faz outra coisa na penumbra do sigilo.

O resultado desse trabalho de formiguinha pode ser conferido no blog do Ricardo.

Por aqui, vou pedir licença ao Ricardo, repetir o seu trabalho e comparar os resultados.
Quero ver se nossos parlamentares passam a se preocupar um pouco mais ou pelo menos lêem o que se publica nas revistas semanais.
E vou divulgar esta idéia para a minha lista de arigós.
Daqui a poucas semanas, esta informação pode fazer toda a diferença na hora de apertar os botões coloridos da urna.

Pronto! Agora desopilei o fígado e posso voltar ao normal.
Não posso prometer nada, mas vou tentar voltar aos assuntos corporativos daqui para a frente.
Mas os de Brasília precisam deixar!
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