quarta-feira, novembro 29, 2006

Bakunin

Apesar de não ter muita informação, minhas referências apontavan Mikhail Aleksandrovitch Bakunin como um filósofo anarquista, não como um médium ou futurólogo de renome.



Discussões ideológicas à parte, não consigo deixar de achar que ele tem uma certa razão.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Já dizia o velho Ruy

SINTO VERGONHA DE MIM
por Ruy Barbosa

Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por
ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por
primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo
caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela
democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência
da sensatez o julgamento da verdade, a negligencia com a família,
célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o "eu" feliz a
qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de
desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu
verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de
humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para
justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga
posição de sempre "contestar", voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das
minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu
corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da
honra, a ter vergonha de ser honesto.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Alckmin

Mais alguns "mimos" interessantes sobre a vida pública de "São" Alckmin.
Quem diria, hein?

O QUE ALCKMIN JÁ FEZ POR SÃO PAULO

ROMBO DE 1,2 BILHÃO NAS CONTAS DO ESTADO

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1160666-EI306,00.html

AJUDANDO OS ALIADOS

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u76962.shtml

INGERÊNCIA NAS LICITAÇÕES DA NOSSA CAIXA

http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=258037

MAIS FAVORECIMENTOS POLÍTICOS:

http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=257278

USANDO A GRANA PRA BANCAR SUA REVISTINHA

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u77210.shtml

AJUDANDO O FILHÃO:

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI957775-EI306,00.html

AJUDANDO A ESPOSA LÚ

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u77217.shtml

MAIS DA PATROA LÚ

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u77176.shtml

FAZENDO SUCESSO COM O BEM PÚBLICO:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u117502.shtml

UM GRANDE HOMEM, UMA GRANDE HISTÓRIA

http://www.consciencia.net/brasil/03/cardoso.html

BARRANDO UMA DAS 69 CPI's

http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2006/mar/28/345.htm

ALCA E PRIVATIZAÇÕES

http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=9652


PSDB E OS VAMPIROS

http://www.terra.com.br/istoe/1927/brasil/1927_serra_e_os_vampiros.htm

quarta-feira, novembro 22, 2006

Contas (mais ou menos) públicas

Esta "proposta" para o Governo chegou por e-mail e a acho genérica o suficiente para ganhar a eternidade.

Adorei, mas acho que não vai rolar.

Caro Sr. Presidente da República Federativa do Brasil.

Venho por meio desta comunicação manifestar meu total apoio ao seu esforço de modernização do nosso país. Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária, percebi que posso definitivamente contribuir mais. Vou explicar: Na atual legislação, pago na fonte 27,5% do meu salário. Como pode ver, sou um brasileiro afortunado. Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo decampanha eleitoral. Mesmo juntando ao valor pago por dezenas de milhões de assalariados! Minha sugestão, é invertermos os percentuais. A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 72,5% do meu salário. Portanto, eu receberia mensalmente apenas 27,5% do resultado do meu Trabalho mensal. Funcionaria assim: Eu fico com 27,5% limpinhos, sem qualquer ônus. O Governo fica com 72,5% e leva as contas de:

Escola,

Convênio médico,

Despesas com dentista,

Remédios,

Materiaisescolares,

Condomínio,

Água,

Luz,

Telefone,

Energia,

Supermercado,

Gasolina,

Vestuário,

Lazer,

Pedágios

Cultura,

CPMF,

IPVA

IPTU,

ISS,

ICMS,

IPI,

PIS,

COFINS,

Segurança,

Previdência privada

Adicione a tudo isso a conta de qualquer taxa extra que por ventura seja repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Um abraço Sr. Presidente e muito boa sorte, do fundo do meu
coração!

Ass: Um trabalhador que já não mais sabe o que fazer para conseguir sobreviver com dignidade.

PS: Podemos até negociar o percentual! Agora vejam só a farra do Congresso Nacional: Salário:......................................................................................R$12 mil

Auxílio-moradia...........................................................................R$ 3 mil

Verba para despesas "comprovadas"............................................R$ 7 mil

Verba para assessores...............................................................R$ 3,8 mil

Para 'trabalharem' no recesso......................................................R$ 25,4 mil

Verba de gabinete mensal...........................................................R$ 35 mil

Transporte: Passagens aéreas de ida e volta a Brasília/mês

Direito a "contratar" 20 servidores para seu gabinete

13º e 14º salários, no fim e no início de cada ano legislativo

90 dias de férias anuais e folga remunerada de 30 dias.

ISSO PARA CADA UM DOS 514 DEPUTADOS !

segunda-feira, novembro 20, 2006

Piada

Recebi este interessante recorte de jornal por e-mail.
Aparentemente as ONGs não são tão altruístas assim.
Não posso assegurar a veracidade dos fatos, mas ao menos fica o registro.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Achei

Finalmente achei um e-mail que indicasse alguma coisa ruim relacionada ao Alckmin!
Ja estava achando que o tucano estava equivocado ao se candidatar à Presidência e, com tão imaculado currículo, seria mais apropriado postular a uma vaga de Santo ou, no mínimo, Papa.
Santos amigos de classe média temerosos de "comunistas", Batman!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Carta para Chico Buarque

Mesmo que as eleições já tenham ficado para trás, acho interessante seguir publicando textos relacionados à política e às opiniões diferentes que a Democracia nos permite.
Gostando ou não, esta é a forma como vivemos no Brasil e temos que aceitá-la.
Ou mudá-la quando a próxima eleição chegar, mas aí é outra estória.

Achei interessante esta "resposta" ao texto do Chico que publiquei recentemente.
Divergente, mas ainda assim interessante. Gostei bastante.

CARTA PARA CHICO BUARQUE - ESPAÇO ABERTO DO ESTADÃO - 29/09/06

José Danon

Chico, você foi, é e será sempre meu herói.

Pelo que você foi, pelo que você é e pelo que creio que continuará sendo.

Por isso mesmo, ao ver você declarar que vai votar no Lula "por falta de opção", tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opinião do seu mais devoto e incondicional admirador, pode ser uma opção.

Eu também votei no Lula contra o Collor.

Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor.

Eu também acreditava no Lula.

E até aprendi várias coisas com ele, como citar ditos da mãe.

Minha mãe costumava lembrar a piada do bêbado que contava como se tinha machucado tanto.

Cambaleante, ele explicava: "Eu vi dois touros e duas árvores, os que eram e os que não eram. Corri e subi na árvore que não era, aí veio o touro que era e me pegou."

Acho que nós votamos no Lula que não era, aí veio o Lula que era e nos pegou.

Chico, meu mestre, acho que nós, na nossa idade, fizemos a nossa parte.

Se a fizemos bem feita ou mal feita, já é uma outra história.

Quando a fizemos, acreditávamos que era a correta.

Mas desconfio que nossa geração não foi tão bem-sucedida, afinal.

Menos em função dos valores que temos defendido e mais em razão dos resultados que temos obtido.

Creio que hoje nossa principal função será a de disseminar a mensagem adequada aos jovens que vão gerenciar o mundo a partir de agora.

Eles que façam mais e melhor do que fizemos, principalmente porque o que deixamos para eles não foi grande coisa. Deixamos um governo que tem o cinismo de olimpicamente perdoar os "companheiros que erraram" quando a corrupção é descoberta.

Desculpe, senhor, acho que não entendi.

Como é, mesmo? Erraram?

Ora, Chico.

O erro é uma falha acidental, involuntária, uma tentativa frustrada ou malsucedida de acertar.

Podemos dizer que errou o Parreira na estratégia de jogo, que erramos nós ao votarmos no Lula, mas não que tenham errado os zésdirceus, os marcosvalérios, os genoinos, dudas, gushikens, waldomiros, delúbios, paloccis, okamottos, adalbertos das cuecas, lulinhas, beneditasdasilva, burattis, professoresluizinhos, silvinhos, joãopaulocunhas, berzoinis, hamiltonlacerdas, lorenzettis, bargas, expeditovelosos, vedoins, freuds e mais uma centena de exemplares dessa espécie tão abundante, desafortunadamente tão preservada do risco de extinção por seu tratador.

Esses não erraram. Cometeram crimes.

Não são desatentos ou equivocados.

São criminosos.

Não merecem carinho e consolo, merecem cadeia.

Obviamente, não perguntarei se você se lembra da ditadura militar.

Mas perguntarei se você não tem uma sensação de déjà vu nos rompantes de nosso presidente, na prepotência dos companheiros, na irritação com a imprensa quando a notícia não é a favor.

Não é exagero, pergunte ao Larry Rother, do New York Times, que, a propósito, não havia publicado nenhuma mentira. Nem mesmo o Bush, com sua peculiar e texana soberba, tem ousado ameaçar jornalistas por publicarem o que quer que seja. Pergunte ao Michael Moore.

E olhe que, no caso do Bush, fazem mais que simples e despretensiosas alusões aos seus hábitos ou preferências alcoólicas no happy hour do expediente.

Mas devo concordar plenamente com o Lula ao menos numa questão em especial: quando acusa a elite de ameaçá-lo, ele tem razão.

Explica o Aurélio Buarque de Hollanda que elite, do francês élite, significa "o que há de melhor em uma sociedade, minoria prestigiada, constituída pelos indivíduos mais aptos".

Poxa! Na mosca.

Ele sabe que seus inimigos são as pessoas do povo mais informadas, com capacidade de análise, com condições de avaliar a eficiência e honestidade de suas ações. E não seria a primeira vez que essa mesma elite faz esse serviço.

Essa elite lutou pela independência do Brasil, pela República, pelo fim da ditadura, pelas diretas-já, pela defenestração do Collor e até mesmo para tirar o Lula das grades da ditadura em 1980, onde passou 31 dias.

Mas ela é a inimiga de hoje.

E eu acho que é justamente aí que nós entramos.

Nós, que neste país tivemos o privilégio de aprender a ler, de comer diariamente, de ter pais dispostos a se sacrificar para que pudéssemos ser capazes de pensar com independência, como é próprio das elites - o que, a propósito, não considero uma ofensa -, não deveríamos deixar como herança para os mais jovens presentes de grego como Lula, Chávez, Evo Morales, Fidel - herói do Lula, que fuzila os insatisfeitos que tentam desesperadamente escapar de sua "democracia". Nossa herança deveria ser a experiência que acumulamos como justo castigo por admitirmos passivamente ser governados pelo Lula, pelo Chávez, pelo Evo e pelo Fidel, juntamente com a sabedoria de poder fazer dessa experiência um antídoto para esse globalizado veneno.

Nossa melhor herança será o sinal que deixaremos para quem vem depois, um claro sinal de que permanentemente apoiaremos a ética e a honestidade e repudiaremos o contrário disto.

Da mesma forma que elegemos o bom, destronamos o ruim, mesmo que o bom e o ruim sejam representados pela mesma pessoa em tempos distintos.

Assim como o maior mal que a inflação causa é o da supressão da referência dos parâmetros do valor material das coisas, o maior mal que a impunidade causa é o da perda de referência dos parâmetros de justiça social.

Aceitar passivamente a livre ação do desonesto é ser cúmplice do bandido, condenando a vítima a pagar pelo malfeito. Temos opção. A opção é destronar o ruim.

Se o oposto será bom, veremos depois.

Se o oposto tampouco servir, também o destronaremos.

A nossa tolerância zero contra a sacanagem evitará que as passagens importantes de nossa História, nesse sanatório geral, terminem por desbotar-se na memória de nossas novas gerações.

Aí, sim, Chico, acho que cada paralelepípedo da velha cidade, no dia 1º de outubro, vai se arrepiar.

Seu admirador número 1,
Zé Danon


José Danon é economista e consultor de empresas

segunda-feira, novembro 13, 2006

Sem escolha

Confesso a minha tristeza com o resultado da última eleição. Não que eu tivesse alguma esperança de que o candidato tucano pudesse virar o jogo nos acréscimos do árbitro, mas fiquei com uma sensação amarga de impunidade na boca.
Apesar do meu velho pai achar que o novo governo, depois de tantos escândalos e investigações, tem boa chance de ser bom, não consigo botar fé e apostar as poucas fichas que tenho.
Fico com o certo medo da continuidade da coisa ruim, da perenização da desonestidade, da consolidação do "me dá a minha parte".

Também não sou ingênuo a ponto de acreditar que uma única eleição pudesse mudar tudo o que já de errado no país, mas caramba, umas quatro ou cinco até que poderiam fazer a diferença, não acham?
Experimentem deixar de eleger bandidos durante quatro ou cinco eleições para ver se a coisa não muda. Ou muda ou acaba, mas acho que essa segunda possibilidade é, no mínimo, improvável. Sempre existirão políticos assim como sempre existirão honestos e desonestos. É uma coisa intrínseca ao capitalismo e à sociedade de consumo.

Outra coisa que me deixa triste são as críticas baixas aos vencedores.
Chamar o Presidente de asno é quase como usar o mesmo insulto para todos os seus eleitores, o que é uma generalização igualmente asinina.
Criticá-lo, chamá-lo de incompetente, protestar e até votar no outro candidato são coisas plenamente aceitáveis, mas ofensas como essa me parecem altamente contra-producentes vindas de pessoas que vivem no Brasil e apoiam a Democracia.
Tudo bem que todos temos o direito de expressar a nossa opinião, mas seria muito mais útil fazer isso com respeito. Fica mais bonito.

Agora, se você mora na Suécia, se diz orgulhoso de suas "raízes européias" e coisas afins, aí tudo bem. Pode usar todas as ofensas conhecidas e até inventar algumas. Tudo é permitido.
Afinal de contas, sua responsabilidade para com o bem do país é zero, não é mesmo?
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